quinta-feira, 16 de maio de 2019

Principais Constelações

Constelação representa um conjunto de estrelas e objetos celestes numa determinada região do céu.
As principais constelações astronômicas que existem no universo e vistas do planeta Terra são:

Andrômeda 
Cruzeiro do Sul 
Ursa Maior 
Ursa Menor 
Cão Maior 
Cão Menor 
Pégaso 
Fênix 
Constelação de Órion 
Classificação

Importante observar que dependendo do local, as constelações não são vistas ou possuem outra disposição.
Assim, a constelação Cruzeiro do Sul, a mais importante do hemisfério sul é somente vista desse hemisfério, que faz parte das constelações austrais.


Por outro lado, as constelações vistas do hemisfério norte celeste (ursa maior e ursa menor, por exemplo) são denominadas de constelações boreais.




Constelações Vistas dos Hemisférios Norte e Sul


Cada constelação apresenta uma estrela mais importante, por exemplo, a estrela polar, na Ursa menor, ou a estrela Sírius da Cão maior, a mais brilhante do céu.


Além das constelações austrais (sul) e boreais (norte), há as constelações equatoriais, situadas próximas ao Equador Celeste (Órion), e as constelações zodiacais, localizadas próximas aos limites entre norte e sul celestes.


Muitas constelações podem ser vistas nitidamente dos dois hemisférios, tal qual a de Escorpião e a Constelação de Órion (formato de um caçador que inclui a popular constelação chamada de “três marias”).


Saiba tudo sobre Estrelas.
Nomenclatura


Os nomes das constelações foram inventados pelos seres humanos oriundos das representações imaginárias que surgem no céu quando ligamos as estrelas próximas.


No entanto, vale lembrar que elas parecem estar próximas, porém estão muito distantes no espaço celeste.


Geralmente, os nomes estão relacionados aos desenhos que formam no céu, seja de pessoas, animais, objetos ou seres mitológicos.
História


Note que o ato de observar o céu já era realizado pelos homens desde a antiguidade. Até hoje elas são utilizadas como referências para a navegação e noutras áreas do conhecimento.


Já o cientista grego Ptolomeu, em II a.C. listou 48 constelações em sua famosa obra “Almagesto”.


Além dele, outros astrônomos contribuíram para os estudos das constelações celestes: 
o astrônomo alemão Johann Bayer (1572-1625); 
o astrônomo polonês Johannes Hevelius (1611-1689); 
o astrônomo francês Nicolas Louis de Lacaille (1713-1762). 


Segundo a União Astronômica Internacional (UAI) existem cerca de 88 constelações modernas reconhecidas desde 1922, sendo 13 delas as constelações zodiacais.
Constelações do Zodíaco


Nos estudos de astrologia, há doze constelações correspondentes aos 12 signos (divididos nos doze meses do ano) que surgem conforme a posição dos astros na data de nascimento:




Constelações do Zodíaco 
Aries (Áries) 
Taurus (Touro) 
Gemini (Gêmeos) 
Cancer (Câncer) 
Leo (Leão) 
Virgo (Virgem) 
Libra (Libra) 
Scorpius (Escorpião) 
Sagittarius (Sagitário) 
Capricorn (Capricórnio) 
Aquarius (Aquário) 
Pisces (Peixes) 


Segundo os astrólogos, as pessoas sofrem influências em sua personalidade sob o signo o qual é regido. Observe que as doze constelações do zodíaco são vistas dos dois hemisférios.


Estudos recentes incluíram uma nova constelação zodiacal chamada Serpentário (Ophiuchus), que fica localizada próxima as constelações de Libra, Escorpião e Sagitário.


Do grego, a palavra zodíaco significa “círculo de animal”, posto que muitos signos fazem referências a animais.
Curiosidade: Você Sabia?


Nas estrelas da Bandeira do Brasil aparecem nove constelações e 27 estrelas em representação a cada uma das unidades da Federação, das quais se destacam as constelações: 
Cruzeiro do Sul 
Escorpião 
Triângulo Austral 
Cão Maior 
Cão Menor 


A posição delas representa o céu do Rio de janeiro, no dia em que foi proclamada a República no país, em 15 de novembro de 1889.

Voltando no tempo através da Linha Internacional da Data!

Dia 20 de julho, você embarca em um avião às 5h da manhã na Coreia com destino aos Estados Unidos sobrevoando o oceano pacífico. Você chegará ao seu destino às 23h do dia 19! Hein? Aham, você chegará no dia anterior! É claro que isso acontece apenas por questões de definição humana e não tem nada haver com voltar no tempo realmente. O que aconteceu é que o avião cruzou a Linha Internacional da Data (LID)! Mas como ela foi estipulada e para que?
Em 1884, representantes de 25 países se reuniram em Washington para a Conferência Internacional do Meridiano. Nesta conferência foi decidido que o meridiano 0° (zero graus) seria o meridiano que passa pelo Observatório de Greenwich, nas redondezas de Londres. Foi acordado também que o antimeridiano de Greenwich, ou seja, o meridiano que fica exatamente do lado oposto ao Meridiano de Greenwich é a Linha Internacional da Data (ou Linha Internacional de Mudança de Data). Essa linha imaginária é o marco que indica onde um dia acaba e onde começa o seguinte.
Para entendermos bem como a LID funciona, vamos primeiro falar um pouco sobre as horas. O globo terrestre é uma esfera (geoide, na verdade, porque não é uma esfera perfeita, mas isso não vem ao caso). Imagine cortar o globo ao meio, como se fosse uma laranja. Aquele circulo, como qualquer outro, tem 360°. Um dia tem 24 horas. Se dividirmos 360 por 24 temos o número 15. Isso significa que a cada 1h o globo gira um ângulo de 15°. Então é como se ao redor da Terra existissem 24 faixas de 15° cada uma. Nós sabemos que as horas são definidas com base no Sol. Na faixa que está exatamente voltada para o Sol, será meio dia. Na faixa oposta será meia noite.
As faixas, ou melhor, fusos horários, são sempre estes em relação ao Sol. O que muda são os países que vão passando pelas faixas conforme o globo gira. Um novo dia começa quando a Linha Internacional da Data passa pela faixa da meia noite! Os países que ficam a oeste da LID (o lado esquerdo se olharmos para um mapa ou o globo) vão ver primeiro o Sol daquele novo dia nascer!
Toda a embarcação ou aeronave que cruza a LID no sentido leste-oeste precisa adiantar 1 dia em seu calendário. Se cruzar no sentido inverso, oeste-leste, precisa atrasar o calendário em 1 dia, por exemplo, da manhã de Domingo passa para a manhã de Sábado.
Tem gente que no ano novo embarca em um cruzeiro para a LID, comemora o ano novo do lado oeste, depois  atravessa a LID, assim volta ao dia 31 e depois de 24h comemorará a virada do ano novamente! Hehehe!
A ideia de voltar no tempo é algo que atrai e cativa os seres humanos. Vários livros já foram inspirados na volta ao passado pela Linha Internacional da Data, como por exemplo, Volta ao Mundo em 80 Dias, do famoso escritor de ficção científica, Júlio Verne.
Para terminar, uma observação: Por questões de conveniência, a Linha Internacional da Data não é uma reta. Ela contorna algumas ilhas, Isso porque, do contrário, em uma mesma ilha ou país seriam datas diferentes, o que atrapalharia bastante os habitantes, não é mesmo?!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sobre Carnaval, enquanto o ócio criativo não regressa…

Mergulhado na vida real, seus embates e compromissos, continuo bloqueado em minhas possibilidades criativas e críticas neste blogue. Mas, lutando desesperadamente para mantê-lo com um mínimo de informação e dignidade crítica, transcrevo a baixo o excelente comentário do colunista Regis Tadeu, sobre os carnavais de hoje. Espero que vocês apreciem…

Durante alguns dias, vou tentar escapar da verdadeira ditadura televisiva imposta pelo Carnaval, mas sei que não vou conseguir. Tenho plena consciência de que serei nocauteado por frases imbecis, proferidas por exércitos de exibicionistas, todos ansiosos por uma suruba que nunca se concretiza. Serei submetido a grotescos espetáculos de alegria plástica, sem vida, provenientes de gente cuja maior qualidade é exibir cirurgias plásticas – algumas invejáveis, outras semelhantes a serviços de borracharia mal feitos -, sem um pingo de autenticidade, sem o menor resquício de emoção sincera.

Não tenho nada contra a exposição de corpos femininos nus – muito pelo contrário! -, desde que eles venham acompanhados de uma aura de sensualidade e beleza. Não há espaço para a ingenuidade em avenidas salpicadas de pessoas mortas por dentro, muito menos para o tesão. O que resta é um festival de repugnância proporcionado pelas emissoras de TV. É duro admitir, mas a burrice parece ter se tornado item de cesta básica. Conseguimos a proeza de profissionalizar a idiotice!

O Carnaval se tornou um evento para os outros. Empresas, fabricantes de cervejas, socialitesdeformadas pelo excesso de botox a ponto de se parecerem com lagartos, celebridades emergentes de 97ª categoria, playboys babacas, garotas de programas disfarçadas em atriz e modelo… É para essa turba falsamente animada que a festa do Rei Momo (quem?) existe hoje. O tumulto resultante é o espelho fiel do que o Brasil se tornou. Para os turistas estrangeiros, somos alegres bufões, sorridentes mesmo quando sabemos que milhares de crianças morrem como moscas porque não têm o que comer. Na verdade, no fundo da alma, essa cambada de “ex-BBBs da vida real” se comporta como palhaços desdentados, subnutridos de inteligência e bom senso. As pessoas se tornaram prisioneiras da imagem daquilo que se espera delas.

O Carnaval é um retrato cheio de purpurina da realidade que vivemos: tumultuado, confuso, artificial, violento, narcisista, louco – no pior sentido da palavra -, bruto e patético. O problema não é o Carnaval, mas sim o que ele espelha.

Não, não tenho saudade do passado, mas percebo que, em um tempo não muito distante, vivíamos de uma maneira diferente, mais cordial e sincera, mesmo quando nosso espírito mambembe se confrontava com o início de uma nova ordem, que determinava que só a exibição contínua e a qualquer preço seria o caminho para uma “carreira de sucesso”.

Por que existe tanta gente disposta a fazer qualquer coisa para ganhar dinheiro e/ou aparecer na TV? A resposta pode estar no fato de que essa imensa massa de imbecis está totalmente desiludida com os benefícios que a aquisição de cultura pode trazer ao espaço vazio que existe entre as suas orelhas. A turba de idiotas prefere o caminho mais fácil, que passa pelo constrangimento de expor suas vergonhas intelectuais e físicas em cadeia nacional.

Como é possível fazer germinar a cultura de um país por meio da massificação? E quando escrevo “cultura”, me refiro também à música, um dos principais combustíveis para nossa existência. Como acreditar na musicalidade de um Carnaval em que os samba-enredos são todos iguais, a ponto de você esqucer cada um deles segundos depois de ouvi-los?

Hoje, fazer parte do Carnaval é trabalhar como um macaco de realejo perante uma plateia cheia de zumbis sorridentes. Se essa é a sua noção de “alegria popular”, vá fundo. Mas depois não diga que eu não o avisei…

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A primeira aula de Filosofia


Como em geral se inicia um curso de Filosofia, seja para alunos do Ensino Médio, seja para universitários?
Com a definição do termo, "amigo da sabedoria" (philos = amigo; sophos = sabedoria), os primeiros filósofos (desde Tales até Sócrates, Platão e Aristóteles); em seguida entram os temas ou a divisão da filosofia em suas sub-especialidades:

- o Ser = Metafísica, Ontologia, Teodiceia
- o Conhecer = Teoria do Conhecimento, Epistemologia (ou Filosofia da Ciência), Lógica, Filosofia da Linguagem, Filosofia Social, Filosofia da História
- o Valor (ou o Agir) = Ética, Estética, Teoria dos Valores


Alguns professores iniciam com a História da Filosofia antiga, mas como levar os alunos a compreender noções básicas como a de "ideia" para Platão? E que dizer, mais adiante, de filósofos complexos como Kant? ou Hegel? 

A tentação é ir logo para a chamada filosofia prática, engajada, para plantar na cabeça dos alunos uma linha, a da dialética, a da luta social, a do poder à classe oprimida, aos camponeses, aos pobres em geral. Insufla-se a ideia de que a injustiça social é um problema básico do capitalismo, que este é basicamente o mal social maior. Visa o lucro. 

Ora, é fácil e perigoso instilar esse tipo de ideologia, evidentemente não se trata de Filosofia... Trata-se de desonestidade intelectual, pura e simples.


Por outro lado, o ensino tradicional requer o uso de muitos conceitos abstratos, aos quais os alunos não estão habituados. E, nessa altura, com tanta nomenclatura, o interesse dos alunos se esvazia...
Como contornar o problema didático (ensinar temas e conteúdos, e também História da Filosofia) e despertar o interesse, levar os alunos à compreensão do que seja Filosofia e filosofar?!


Sugestão: sem deixar de lado o compromisso didático com os temas e conteúdos, a cada vez que se introduzir um tema (por exemplo, em Metafísica, o tema do ser, da existência, das causas), entraria um filósofo para ilustrar o conceito em questão, e, importantíssimo,o professor começa a levantar dúvidas, a fazer perguntas. O meio para atingir o interesse é estimular a curiosidade,  levar a reflexão à experiência pessoal, à vida, aos interesses, ao modo de agir e de pensar dos adolescentes e dos jovens.

Tomando o exemplo da questão do ser (que é das mais abstratas), o professor pode indagar sobre tudo o que existe, como existe, e que todos os seres vivos fatalmente acabarão, morrerão. Se alguém teve a dolorosa experiência da morte de alguém próximo, que é "fim", "não ser mais", pedir que o aluno tente expor como é não ser mais, a ausência, a sensação de nada, de vazio. Na medida do possível, o professor deve usar vocabulário do dia a dia para facilitar a reflexão. 

Moore, um filósofo contemporâneo, intrigado com a experiência de que seria pai, perguntou a sua esposa:
"Como é carregar em você um ser que não é o seu ser?" E indagações como essa podem levar a insights filosóficos. O professor pode pedir para que seus alunos escrevam respostas a esses questionamentos do cotidiano. 
Quando o mestre menos esperar, seus alunos estarão se iniciando no caminho filosófico.

IA substituirá professores?

Futuro já começou? Uma escola do Reino Unido está chamando a atenção na internet ao divulgar sua primeira turma sem professor. O...