Microclima Urbano
Microclima Urbano é o nome dado ao clima que abrange uma pequena localidade e que se diferencia dos arredores da região em que está localizada.
Trata-se de uma variação das condições climáticas (temperatura, pressão atmosférica, ventos) que é determinada pela existência de vegetação, de grandes edifícios e fábricas, entre outros.
Assim, o centro de uma cidade não apresenta o mesmo clima que os bairros circundantes; tendencialmente será mais quente, abafada e poluída.
Causas
O microclima é causado especialmente pelas alterações ao ambiente e provocadas pelo homem.
Por uma lado, a redução de vegetação e demolição de árvores para construção de imóveis, por exemplo. O asfaltamento de estradas de terra, bem como a afluência de carros no centro das cidades. A quantidade de fábricas e, até mesmo, a altura dos prédios estão entre as causas do microclima.
Por outro lado, porém, a arborização provoca a formação de microclima nas grandes cidades.
Prédios na orla da praia de Ipanema, no Rio de Janeiro
Consequências
A variação da temperatura está entre as principais consequências do microclima.
Nas grandes cidades, a condutibilidade térmica resultante das construções tornam o resfriamento mais lento. Numa zona arborizada, a evapotranspiração (água absorvida do solo que são libertadas através das folhas das árvores) ajuda a equilibrar o clima, propiciando a sensação de clima fresco.
Os benefícios e os malefícios ao ambiente são também resultado do microclima. Os malefícios são aqueles causados pela poluição atmosférica das cidades. Isto ocorre por causa do trânsito, de fábricas existentes em determinadas áreas e da dificuldade de circular o ar tendo em conta a “barreira” feita pelos prédios altos.
Grandes extensões de áreas verdes, por sua vez, contribuem no combate de um fenômeno conhecido como Ilha de Calor.
Ilha de Calor
A ilha de calor é o nome do fenômeno climático que decorre principalmente do aumento da urbanização de determinadas regiões. Nessas regiões, a temperatura costuma ficar acima da registrada em regiões rurais localizadas nas proximidades e também maior do que em bairros afastados do centro da cidade.
É um fenômeno que ocorre nos centros urbanos de grandes cidades e/ou em regiões metropolitanas. A denominação de “ilha” demonstra que é um fenômeno delimitado a determinada área.
A formação das ilhas de calor produz o que se convencionou chamar de zona de baixa pressão. Formam-se, nos espaços centrais urbanos, bolhas compostas de ar altamente poluído. O processo, inclusive, arrasta para a região da ilha de calor a poluição antes localizada nas regiões mais distantes do centro da ilha.
Causas
Os estudiosos listam algumas explicações para o fenômeno, são elementos que fazem parte do processo de constituição das ilhas de calor, formando um microclima urbano:
Os poluentes suspensos no ar devido ao trânsito da grande frota automotora (emissão de CO2) tendem a bloquear a dispersão e transmissão térmica para camadas mais frias da atmosfera, funcionando como uma tampa;
A arquitetura urbana traz também, em suas estruturas, uma imensa quantidade de elementos que retêm calor, como concreto, asfalto, metais, vidro, entre outros;
A resistência de determinados materiais à penetração da água;
A ausência de vegetação, que dificulta a melhora nos processos de evaporação;
A grande quantidade de prédios que impossibilitam a chegada de ventos.
Ilha de calor
Consequências
De acordo com os especialistas, no fenômeno da ilha de calor, as temperaturas médias são entre 4 e 6 graus Celsius mais altas na área urbana quando comparadas às regiões rurais no entorno.
Quem sofre com as ilhas de calor são os moradores destas regiões ou aqueles que trabalham nelas. Entre as consequências, estão o desconforto provocado pelas altas temperaturas, problemas de saúde em geral e, em particular, os males ligados ao sistema respiratório – como alergias, rinites, entre outras.
Dentro das ilhas de calor, podem ocorrer áreas conhecidas como cânions, corredores de ar que se formam entre os prédios, produzindo, dentro dos núcleos urbanos, temperaturas mais amenas. Um grande exemplo disso é a famosa Avenida Paulista, localizada na capital de São Paulo.
A combinação de calor e muitos prédios também faz criar áreas de maior precipitação atmosférica (chuvas); isso explica os maiores índices pluviométricos registrados em algumas áreas urbanas e a maior nebulosidade.
Soluções
Os ambientalistas dizem que, para minimizar os efeitos deletérios das ilhas de calor, é preciso investir em medidas como plantio de árvores, ampliação e criação de parques e áreas verdes. Também é necessário criar condições para que as áreas urbanas reduzam e/ou controlem a poluição – como monitoramento da emissão de poluentes por veículos e empresas de maneira geral.
Fonte : Cola da Web ;
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