27 - Autorodiadde e autoritarismo

 Autoridade e autoritarismo


Para fecharmos essa aula precisamos entender um pouco sobre as relações
hierarquizadas entre os seres humanos. Você já percebeu que passamos a nossa
vida toda argumentando e se relacionando? Nessa relação, temos momentos que
somos confrontados e temos até que fazer o que não queremos pela autoridade que o outro representa. Seja uma autoridade policial, seja um professor, ou até mesmo seu pai ou sua mãe. Todas essas relações tem haver com o “poder” e se existe alguém detentor do poder (pessoa, grupo, país), por outro lado existem os
subordinados, aqueles que por um motivo ou outro, aceitam as regras e normas
daquele que detém o “poder”.


Na política, por exemplo, temos pessoas que exercem um poder legítimo,
aquele que foi atribuído através de uma votação e foi empossado de forma legal.
Este político tem a sua autoridade legitimada por aqueles que escolheram para tal
cargo (pela maioria). Mas, como dissemos, as relações de poder acontecem nas
mais diversas esferas da sociedade. Neste conceito de “autoridade”, o detentor do
poder deve zelar pelo crescimento dos seus subordinados, e permitir que eles se
tornem independentes e autônomos. Os subordinados prestam uma obediência
incondicional ao indivíduo ou a instituição detentores da autoridade. Ou seja, a autoridade transmite a mensagem de ordem sem dar razões ou algum argumento de justificação e os indivíduos subordinados a esta autoridade aceitam e obedecem
sem questionar. Quem aqui nunca ouviu o ditado “faça o que eu digo, mas não faça
o que eu faço”?

 Armandinho — Tirinha original:

Esta é uma “relação de autoridade” que vivemos em todos os momentos das
nossas vidas. Repare, na tirinha do “Armandinho” acima, a forma de relacionamento
entre ele e o pai, não é necessariamente uma relação de poder, mas demonstra que
na sociedade as relações estão sempre baseadas em poder e autoridade. Cabe
destacar aqui que a autoridade se exerce sobre os subordinados por uma legítima
aceitação dos mesmos e uma escolha democrática, e que de tempos em tempos a
legitimidade desta autoridade sofre a necessidade de ser reafirmada. Um professor,
por exemplo, é uma autoridade em sala de aula e ele torna essa autoridade pelo seu
conhecimento, pelo respeito aos seus alunos e pela sua coerência no agir e falar.
Isto significa que são os alunos que legitimam a autoridade, mesmo querendo e
podendo contestá-la. A relação que se estabelece é de respeito mútuo.

Esta é uma forma de relacionamento sadio e se justifica justamente pelo
conhecimento e poder de argumentação que desenvolvemos no decorrer da vida.
Nesse nosso exemplo, o professor que tentar impor a força os seus ideais,
provavelmente, não vai lograr êxito e criará muitos conflitos.
Mas, infelizmente, encontramos também o que chamamos de
“autoritarismo”, este pode ser definido como um comportamento em que uma
instituição ou pessoa se excede no exercício da autoridade. Caracteriza-se pelo
abuso do poder e da autoridade que lhe foi investida.
Nas relações humanas, o autoritarismo se manifesta quando os argumentos
e discussões não têm mais valor e o que importa é o que é determinado por quem
deter o poder. Pode ser representado por um ditador que toma posse de um país e
passa a dominar a vida dos cidadãos através da força, ou mesmo na vida escolar e
familiar, onde existe a dominação de uma pessoa sobre outra através do poder
financeiro, econômico ou pelo terror e coação. Para podermos entender melhor, isso
acontece quando a pessoa que quer o “pode” não tem condições de argumentação
ou liderança, passa a utilizar outras estratégias para manter o controle, tais como o
grito, a agressão moral ou física, que são formas de criar medo e manter os
subordinados “obedientes”.



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