30 - Validade e Verdade

 Validade e Verdade
Como vocês podem perceber, podemos dizer que as proposições são
verdadeiras ou falsas. Entretanto, quando nos referimos à argumentação e ao
conhecimento fundamentado, dizemos que são válidos ou inválidos. Nesse sentido,
uma proposição é verdadeira quando corresponde ao fato que expressa. Já o
argumento só é considerado válido quando sua conclusão é resultado de suas
premissas. Confundiu? Calma! Vamos colocar esse trem nos trilhos da Filosofia.
No que diz respeito aos tipos de argumentação, tradicionalmente dividem-se
em dois tipos: argumentos dedutivos e argumentos indutivos. A partir daí é muito
importante conhecermos esses tipos de argumentos.
O argumento indutivo (ou raciocínio indutivo) parte de premissas para
inferir uma conclusão. As premissas são observações da natureza e de fatos do
mundo. Há uma pretensão neste tipo de raciocínio: a conclusão de um particular
fundamentado numa proposição geral, mas, como a proposição geral é fruto da
observação, ela não é geral. Por exemplo: após uma extensa pesquisa sobre
gansos, um cientista constatou numa população de 10 milhões de gansos, que todos
eles eram brancos. Desta constatação, ele fez a seguinte proposição: 'Todos os
gansos são brancos. Um colega deste cientista telefonou-lhe dizendo que enviou
para ele um ganso. O cientista que propôs a teoria acima tem certeza de que o
ganso que irá receber é branco? A resposta é não. Sua teoria está fundamentada
em 10 milhões de gansos e não em todos os gansos. Portanto, um caso particular -
10 milhões de gansos, não pode fundamentar outro caso particular - um ganso.

Já o argumento dedutivo (ou raciocínio dedutivo) conclui um particular de
um geral. O geral é sempre uma hipótese. Vejamos o exemplo:

Todo homem é mortal. (premissa 1).
Sócrates é homem. (premissa 2).
Logo, Sócrates é mortal. (conclusão).

 Está se dizendo: “Se todo homem é mortal. Se Sócrates é homem. Logo,
Sócrates é mortal”. Essa estrutura básica é chamada de Silogismo e é o
fundamento da lógica. Agora podemos entender melhor o argumento dedutivo e
lógico sobre os gansos: “Se todos os gansos são brancos. E se irei receber um
ganso enviado por um colega. Logo, este ganso é branco”.
É interessante ainda compreender que o Silogismo pode ser classificado
quanto à sua quantidade (universal, particular ou singular) e sua qualidade
(afirmativa ou negativa).

As proposições podem variar quanto à sua qualidade em:
 Afirmativas: A é B. Todo ser humano é mortal, João é trabalhador.
 Negativas: A não é B. Sócrates não é egípcio.

Também podem variar quanto à sua quantidade em:
 Universais: Todo A é B. Todos os homens são mortais.
 Particulares: Algum A é B. Alguns homens são gregos.
 Singulares: Este A é B. Sócrates é grego.

Esta é a base da lógica aristotélica e de suas derivações.

Além dos argumentos dedutivos e indutivos, temos também as Falácias.
Essas se caracterizam por ser um raciocínio incorreto, embora tenham a aparência
de correto. É conhecida também como sofisma ou paralogismo. As falácias podem
ser formais, quando contrariam as regras do raciocínio correto, ou não-formais,
quando os erros decorrem de inadvertência ou falta de atenção.

 

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