Conhecimento para quê?
Como já estudamos, a Filosofia tem sempre o papel de fazer questionamentos e você mesmo já deve ter se perguntado: Como surgiu o mundo? Qual a verdadeira origem do ser humano e da natureza? Por que existe uma determinada harmonia física entre o ser humano e a natureza? Estas e outras tantas perguntas também foram feitas pelos filósofos pré- socráticos, ou seja, os filósofos da natureza, que fizeram uma cosmologia, que vem a ser o estudo sobre a origem do universo, os quais contribuíram significativamente para o pensamento ocidental. Muitas dessas perguntas também serão feitas por outras formas de conhecimento, tais como o senso comum ou vulgar, a religião, o mito e em destaque, a ciência.
Assim, podemos concluir que existem vários tipos de conhecimento. E o que difere um conhecimento do outro é o meio, a abordagem, enfim, o método que cada qual possui para tentar descobrir e avançar cada vez mais no interessante mundo da busca pelo saber. Mas como surge o conhecimento?
O que é conhecer?
De modo geral, conhecer significa o resultado da relação entre um sujeito (aquele que conhece), um objeto (o qual se quer conhecer) e ainda tem o significado (a imagem mental que temos do objeto). Então, temos uma relação tríplice entre o sujeito-objeto e o imagético que forma a opinião, ideia ou conceito que resultam dessa relação e que passa a habitar a subjetividade daquele que conhece. Você já percebeu que transformamos constantemente informação em conhecimento? Fazemos isso quando lemos uma notícia, estudamos atentamente alguma coisa ou mesmo quando pensamos sobre nós mesmos ou sobre a sociedade.
Mas para que conhecemos? Simples: para satisfazer a nossa enorme curiosidade a respeito das coisas. Engana-se, assim, quem pensa que pertence apenas à classe dos filósofos a tarefa de questionar sobre tudo. Os cientistas, os religiosos e as pessoas em geral formulam perguntas durante toda a sua existência. Isso porque buscar saber mais faz parte da própria natureza humana.
Aristóteles (384-322 a.C) na sua principal obra, “A Metafísica”, já inicia com a seguinte frase: “Todos os homens têm naturalmente o desejo de conhecer”. Pode-se atribuir duas interpretações básicas a esta premissa aristotélica, a primeira é que ele busca estabelecer a razão como condição diferencial entre ser humano e natureza, entre homem e animal; e na outra, procura apresentar o conhecimento como condição necessária para afastar-se das meras opiniões, das explicações míticas sobre o mundo e sobre a existência.
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