quarta-feira, 11 de maio de 2022

De olho no vestibular: três pontos para entender o conflito entre Rússia e Ucrânia

 A crescente tensão entre Rússia e Ucrânia tem atraído a atenção de todo o mundo. Soldados russos estão posicionados na fronteira com a Ucrânia e o risco de uma invasão gerou preocupação por parte da comunidade internacional de uma possível guerra na Europa.

O assunto tem sido cobrados nas provas dos vestibulares nos últimos anos e para facilitar os estudos, destaco três pontos para para entender o conflito entre os dois países. 

O ponto de partida para entender o conflito está na composição étnica Ucrânia. Duas nações estão dentro de uma só — 2/3 da população fala ucraniano e está mais próxima da Europa e 1/3 fala russo e está sob influência de Moscou. Um exemplo é a região da Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014.

Olhar para o passado ajuda a entender a crise atual. Ao longo dos séculos, a Rússia assumiu uma característica imperialista e expansionista. No período da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), o governo socialista anexou países e exerceu forte influência sobre outros do leste europeu formando um bloco.

Para manter a coesão desse bloco tão heterogêneo, o governo soviético tratou as questões nacionalistas com mão de ferro e lidou com as tensões de forma repressiva, Com o fim da URSS, os laços entre esses países se enfraqueceram e nações como a República Tcheca e a Polônia passaram a integrar a OTAN.

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) surgiu como uma aliança militar entre Estados Unidos e Europa no período da Guerra Fria. A resposta do lado soviético foi a criação do Pacto de Varsóvia. Com a dissolução da URSS, o Pacto se desfez, mas a OTAN permanece.

 
Não apenas a OTAN permaneceu como cresceu e conta atualmente com países que antes pertenciam à URSS, o que gerou na Rússia a sensação de estar "cercada".

A crise com a Ucrânia começou em 2014, quando a liderança russa na região foi questionada e líderes pró-Ocidente assumiram o país. Em resposta, Putin, em uma ação militar, anexou a região da Crimeia.

A Ucrânia faz fronteira com a Rússia e integrar a OTAN siginificaria, na visão do governo de Vladimir Putin, ter as fronteiras russas ameaçadas, além do risco de Moscou perder sua hegemonia sobre o leste da Europa.

Por fim, devemos ficar atentos à questão energética na Europa. A Rússia exporta petróleo, carvão e gás, fontes de energia utilizadas pelos países europeus, o que coloca a Alemanha — dependente do gás russo — por exemplo, em uma situação desconfortável.

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