quarta-feira, 27 de outubro de 2021

A Modernidade e as tensões entre a Ciência e a Religião



A Filosofia Moderna foi um movimento de busca pela autonomia da razão humana em relação à religião. Na Idade Media, a religião era a autoridade máxima, e, embora a ciência tenha surgido aí e o espírito inventivo e experimental tenha se beneficiado do otimismo cristão em relação ao mundo, toda forma de conhecimento natural estava sempre submetida à Igreja. A Filosofia, que se desenvolveu muitíssimo no período medieval, sobretudo com os escolásticos, era chamada de "serva da teologia", e se houvesse qualquer discordância entre a teologia e qualquer ramo das ciências naturais, já se sabia de antemão que o erro estava no lado dessas últimas.

A Idade Moderna buscará a independência do saber humano. Surgirá uma vida intelectual fora do ambiente das universidades medievais, que eram terrenos eclesiásticos, e se lutará pelo desenvolvimento sem limites da razão natural. As ciências medievais tinham um caráter sobretudo contemplativo, não instrumental. Agora, porém, as ciências visarão conhecer o mundo para que este possa ser manipulado em função do conforto humano. A ciência, por este motivo, se desenvolve intensamente e o espírito da época marca uma passagem de autoridade: se antes a referência dos mistérios do mundo era a Igreja, agora o cajado é passado à ciência. Para compreendermos essa passagem, basta perguntar: quem procuramos hoje quando estamos doentes? Um padre/pastor ou um médico? Com algumas exceções, a maioria, ainda que não descarte as orações, procura o médico e o seu saber científico.

Galileu Galilei representou bem esse movimento de passagem. Demonstrando, por meio de observações, que não era o sol que girava em torno da terra, mas o contrário, ele ajudou a estabelecer uma visão de mundo totalmente nova, fato que chamou a atenção da Igreja porque parecia que a contrariava. Acontecia, então, um dos primeiros atritos históricos entre a Ciência e as crenças estabelecidas ou inspiradas na religião. Não é que Galileu fosse ateu ou antirreligioso. Ele era um católico devoto e, como tal, acreditava na função sagrada da Igreja. Do que se tratava, então? Uma frase sua expressará o motivo da divergência: "A Sagrada Escritura diz como se vai ao Céu, e não como vai o céu". 

Dizendo isto, Galileu afirmava que o terreno atuado pela Igreja, o da Fé e o da Moral, era diferente do terreno da Ciência, que buscava dizer como o universo se comporta. A Religião não podia ter a pretensão, segundo ele, de fazer afirmações científicas, pois fugiria, assim, do seu campo original. 

Era então o período da Contra Reforma, um movimento católico de resposta à Reforma Protestante iniciada por Lutero. Grande parte da polêmica luterana se deveu justamente à interpretação das Escrituras. Agora, num momento de grande sensibilidade, Galileu aparece dando lições à Igreja de como a Sagrada Escritura deve ser lida. O conflito se acirrou e Galileu foi condenado pela Inquisição à prisão domiciliar e a abjurar as suas teses.

Essas tensões entre a religião e a ciência foram se repetindo no decorrer da história, às vezes assumindo a forma de um atrito entre ciência e ética. Até hoje, a ciência se vê restringida por ter de respeitar os limites morais vigentes. Não é parte da ciência dizer se algo é correto ou errado. Cabe à ética essa função. Por isso, a religião sempre se verá impedida de extrapolar certos limites. As armas nucleares são exemplos clássicos de como a ciência pode não somente contribuir para o desenvolvimento humano, mas também pode nos aproximar da barbárie. Outros pontos moralmente sensíveis tratados pela ciência são a questão da clonagem, da inseminação artificial, o discurso sobre o momento exato em que começa a vida, o uso de células tronco embrionárias, etc.

Esse movimento de confiança exacerbada na razão, que caracteriza a modernidade, culminará na experiência das duas guerras mundiais e numa reação, em seguida, exatamente oposta: a de desconfiança na razão e de desesperança na bondade humana

http://philosophia-ensinomedio.blogspot.com/2020/04/a-modernidade-e-as-tensoes-entre.html?m=1

terça-feira, 29 de junho de 2021

O que é um astrolábio?

    Desenvolvido pelo matemático grego Hiparco na Grécia Antiga, o astrolábio é um instrumento utilizado para calcular a posição dos astros a partir de princípios geométricos.

Além da posição dos astros, o astrolábio era utilizado para calcular a altitude de objetos, a profundidade de poços e também para precisar as horas e as localizações geográficas.

A partir do século XV o astrolábio tornou-se um importante instrumento de navegação. Com ele, era possível determinar a latitude das embarcações e as direções em que deveriam navegar.

A palavra astrolábio deriva das palavras gregas “astron”, que significa estrela e “lambanein”, que significa pegar.

 


A origem do astrolábio

O primeiro astrolábio foi criado pelo matemático, astrônomo e geógrafo grego Hiparco de Nicéia (180 - 120 a.C) durante o período helenístico da Grécia Antiga.

Importante estudioso da matemática, Hiparco foi um dos criadores da trigonometria e foi quem descobriu a precessão dos equinócios e a possibilidade de dividir um círculo em 360°.

Baseado em diversas teorias matemáticas, Hiparco desenvolveu esse complexo instrumento que podia fazer cálculos semelhantes a um computador analógico.

A criação do astrolábio foi possibilitada pela descrição da projeção estereográfica por Hiparco. Essa projeção é um método que permite a transcrição de 3 coordenadas para um plano bidimensional.

A partir do século VIII, o astrolábio começou a ser utilizado no mundo islâmico e foi descoberto a partir da tradução de materiais escritos pelos gregos.

Os árabes utilizavam o astrolábio para navegações e também para determinar os horários das orações e a localização de Meca, direção para a qual devem se voltar quando rezam.

O árabes levaram o astrolábio para a Europa, onde o instrumento foi simplificado e aperfeiçoado com o objetivo de guiar as embarcações que saiam em busca de novas terras.

Esse novo astrolábio ficou conhecido como astrolábio náutico e foi desenvolvido pelo astrônomo Abraão Zacuto, em Portugal.

Diferente dos antigos astrolábios, que faziam diversos cálculos, esse novo instrumento tinha como único propósito determinar as localizações geográficas.

Esse instrumento contribui para a descoberta do caminho das índias e para a chegada dos portugueses ao Brasil.

 

Astrolábio náutico.

Para que serve o astrolábio?

O astrolábio utiliza o posicionamento dos astros no céu e princípios da trigonometria aplicada para fazer diversos cálculos. Entre as funções de um astrolábio, estão:

  • Precisar o posicionamento dos planetas e das estrelas;
  • Medir a altura de montanhas, edifícios ou a profundidade de poços;
  • Determinar as horas do dia e as estações do ano;
  • Determinar o posicionamento geográfico das embarcações.

Importância do astrolábio para a história da navegação

A expansão marítima se inicia no século XV com os ibéricos. Naquele momento, os únicos pontos de referência para os navegadores eram os astros, que eram utilizados como estrelas-guia.

O Sol, a Estrela Polar e o Cruzeiro do Sul, por exemplo, costumavam ser pontos importantes para a determinação de localizações geográficas em alto mar.

A medida que a navegação se desenvolve, são criados instrumentos e técnicas matemáticas e astronômicas para a localização das embarcações, definição de rotas e descoberta de novas terras.

O astrolábio, que foi levado à Europa pelos árabes, tornou-se uma importante ferramenta para as embarcações, pois permitia o cálculo das localizações a partir grausdas estrelas e dos planetas.

Além dos astrolábios, os navegadores utilizavam bússolas, balhestilhas, compassos, tabelas de declinação do sol e estudavam matemática e astronomia.

Como funciona o astrolábio?

 

O astrolábio é feito em uma placa circular de metal onde estão sobrepostas várias lâminas circulares com diversas graduações, como por exemplo, horas do dia, graus, meses do ano e signos do zodíaco.

O astrolábio náutico é muito similar aos primeiros astrolábios, mas sua estrutura é mais simples e costuma ter recortes no interior da placa de metal.

No meio de sua estrutura está um ponteiro (mediclina) vinculado às placas circulares e na parte superior uma alça para que o astrolábio possa ser segurado de maneira suspensa.

Para utilizar o astrolábio, o observador aponta a régua central para o astro utilizado como referência e em seguida observa as graduações do instrumento.

A partir dessa observação e com base nos conhecimento de astronomia, os navegadores poderiam precisar sua localização em alto mar e fazer o cálculo das rotas.

 

Fonte: O que é

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Respostas turma 2006

1 - URBANIZAÇÃO: É UM PROCESSO DE AGRUPAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS RURAIS DE UMA LOCALIDADE OU REGIÃO, PARA CARACTERÍSTICAS URBANAS. USUALMENTE, ESSE FENÔMENO ESTÁ ASSOCIADO AO DESENVOLVIMENTO DA CIVILIZAÇÃO E DA TECNOLOGIA.
2 - Uma região metropolitana é uma área formada por vários municípios que apresentam uma estrutura ou aglomeração urbana interligada entre si ou em torno de uma cidade principal, geralmente uma metrópole.
3 -  Entende-se por conurbação quando duas ou mais cidades se “encontram” e formam um mesmo espaço geográfico. Isso ocorre quando o crescimento dessas cidades é elevado e as suas respectivas malhas urbanas integram-se, tornando-se um único meio urbano

4 - Uma megalópole é normalmente definida como uma extensa região urbanizada, constituída por várias metrópoles e regiões metropolitanas conurbadas.

5 - O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

Eratóstenes provou a esfericidade da Terra antes de Cristo nascer

 Eratóstenes foi matemático, bibliotecário e astrônomo. Praticamente não havia assunto pelo qual não se interessasse. Filosofia, história, geografia, gramática, poesia. Seu lugar preferido eram as bibliotecas de Alexandria, onde passava horas a fio a ler sobre tudo e todos.

 La web de Física - Tira cómica

 E em uma dessas tardes dedicadas à leitura, Eratóstenes encontrou em um rolo de papiro, que era o papel da Antiguidade, a informação de que na cidade de Syene, no Egito, ao meio-dia do solstício de verão, ou seja, o dia mais longo do ano no Hemisfério Norte, o sol estava a pino, pois iluminava as águas profundas de um poço, sem fazer sombra. Eratóstenes se deu conta de que, no mesmo dia e horário, vinte um de junho, ao meio-dia, as colunas verticais de Alexandria projetavam sombra. E foi assim que Eratóstenes descobriu que a Terra era redonda.

Eratóstenes pensou que se o mundo fosse plano como uma mesa, então as sombras das varetas teriam de ser iguais. E se isto não acontecia é porque a Terra deveria ser curva. Ele percebeu que, quanto mais curva fosse a superfície da Terra, maior seria a diferença do comprimento da sombra, em Alexandria. E com o auxílio da geometria, mediu com engenho e relativa precisão a circunferência da Terra.

Eratóstenes aguardou pacientemente o dia vinte e um de junho do ano seguinte, e pediu que se instalasse uma grande estaca de madeira em Alexandria e outra em Syene. Quando deu meio-dia, o horário em que o Sol estava a pino em Syene, a estaca fincada lá fez um ângulo de noventa graus com a superfície da Terra, como esperado, e não produziu sombra.

Já a sombra da estaca de Alexandria produziu um ângulo, que vamos chamar de A, de cerca de sete graus. Se as varetas estão na vertical, dá pra imaginar que, se fossem longas o bastante, iriam se encontrar no centro da Terra, criando o ângulo B, que terá o mesmo valor que A, pois o desenho se reduz à uma geometria muito simples. Se duas retas paralelas interceptam uma transversal, então os ângulos correspondentes são iguais. As retas paralelas são os raios de sol, e a reta transversal é a que passa pelo centro da Terra e pela vareta em Alexandria. Se o ângulo A é igual ao ângulo B, e mede sete graus, isso corresponde à aproximadamente um cinquenta avos da circunferência. Logo, o arco formado pelo ângulo B, que é a distância entre Syene e Alexandria, corresponde, também, a um cinquenta avos da circunferência. Eratóstenes concluiu que o comprimento da Terra deveria ser cinquenta vezes a distância entre as duas cidades.

Eratóstenes era um atleta, e aproveitando seu bom condicionamento físico, reuniu um grupo que se dispôs a percorrer a pé e em linha reta o caminho de Alexandria à Syene. O grupo percorreu aclives, declives, desertos, e até atravessou o Rio Nilo. A distância medida foi de oitocentos quilômetros. Multiplicando oitocentos por cinquenta, ele concluiu que a circunferência da Terra seria de, aproximadamente, quarenta mil quilômetros. Eratóstenes bateu na trave. O valor aceito atualmente é de quarenta mil e setenta e cinco quilômetros ao longo da linha do Equador. Mas, é justo lembrar que, para fazer esse experimento, ele usou a geometria de Euclides, outro famoso matemático grego da época.

Eratóstenes juntou a matemática a outras ciências, como, por exemplo, a geografia. Foi ele quem dividiu o globo terrestre em paralelos e meridianos, sistema que continua em uso até hoje. Ele ainda mostrou que era possível chegar à Índia partindo da Espanha, e ainda sugeriu a existência de terras habitadas no ocidente, conforme Colombo provaria mil e setecentos anos depois, quando chegou à América.

Assim como Arquimedes, Eratóstenes morreu devido à sua paixão pelo saber. Consta que, ao ficar cego, e não poder mais praticar seus estudos, ele teria caído em depressão, e morrido devido a uma greve de fome.

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Desvendando o Qatar: sede da Copa do Mundo de Futebol 2022

 

Um pouco de história

Localizado em uma península, pequena porção de terra que se lança a oeste da Arábia Saudita sobre o Golfo Pérsico, o Qatar foi durante muito tempo, assim como Os Emirados Árabes uma região desértica, povoada apenas por pescadores e beduínos.

Porém, nas últimas décadas tudo ali mudou com a descoberta do petróleo na região, alterando completamente seu espaço e paisagem, transformando o PIB do país em um dos maiores do mundo e  tornando Qatar um grande polo cultural, moderno e tecnológico.

E agora, os maiores investimentos estão em torno, é claro, da Copa do Mundo de Futebol 2022. Ou seja, muitas obras estão em andamento, estádios moderníssimos, novos hotéis, restaurantes, lojas, shoppings e até mesmo um metrô está sendo construído, uma novidade para essa nação.

Vestimentas no Qatar

 Arábia Saudita diz querer tornar o Catar uma ilha | Notícias internacionais  e análises | DW | 01.09.2018


Por ser um destino árabe, alguns costumes dessa cultura devem ser levados em consideração, como as vestimentas. Mesmo para os turistas que não precisam usar as roupas tradicionais, é de bom tom vestir-se com roupas mais largas que cubram braços e pernas, que não sejam curtas, não sejam transparentes e nem decotadas. E ao visitar as mesquitas, as mulheres devem usar um lenço em volta da cabeça e ombros.

Como curiosidade, a vestimenta habitual dos qataris homens é a túnica branca, chamada de thoube; e das qataris mulheres é a túnica preta chamada de abaia, usada junto com um lenço que cobre a cabeça, cabelos e o parte do rosto.

Melhor época para ir ao Qatar


Por ser uma região desértica, o clima árido e de muito sol eleva a temperatura para mais de 40° C no verão, entre os meses de junho a setembro. É até por conta disso que em 2022, a Copa do Mundo não acontecerá tradicionalmente entre os meses de junho e julho, mas em novembro e dezembro, quando o clima é mais ameno.

Sendo assim, a melhor época para conhecer o Qatar é entre o outono e o inverno, nos meses de outubro a abril, período de temperaturas variando entre 17° C e 20° C.

A Capital



Doha é uma metrópole encantadora, carinhosamente chamada de “a cidade da pérola” por muitos turistas, e que hoje já é um dos destinos mais procurados do Oriente Médio. Os olhos do mundo já estão voltados para essa capital devido a Copa de 2022, e ela oferece uma harmoniosa mistura do tradicionalismo árabe com os extremamente modernos arranha-céus.

O que você não pode perder em Doha:

> Museu de Arte Islâmica: parada obrigatória, este museu foi projetado pelo mesmo arquiteto que fez o Louvre, em Paris. Arrojado, o edifício abriga rica coleção de artes islâmicas.

> Museu Árabe de Arte Moderna – Mathaf: neste museu estão expostas mais de nove mil peças entre esculturas, pinturas e artes em papel, valiosas coleções produzidas por diversos artistas do mundo árabe.

> Souk Waqif: um dos mais tradicionais souks árabes do Qatar, este espaço oferece aos visitantes a chance de conhecer como é o comércio, a cultura e o estilo de vida dali, podendo observar a arquitetura típica, fazer compras e dar aquela pechinchada para adquirir produtos artesanais, peças diversas, perfumes, roupas típicas e todo tipo de souvenirs.

> Falcon Souk: interessante por poder observar os falcões (ave simbólica do Oriente Médio) nas lojas que existem ali, são animais adestrados, muito admirados pelos qataris.


> The Pearl: assim como em Dubai, o Qatar criou uma ilha artificial, com cerca de quatro milhões de metros quadrados, planejada para oferecer alto padrão em luxo e sofisticação em suas lojas e restaurantes de renome.

> West Bay: um agitado distrito tido como parte do centro financeiro de Doha por conter enormes edifícios e arranha-céus moderníssimos, luxuosos e em formatos exóticos; um bairro onde também encontram restaurantes e lojas suntuosas.


> Forte Al  Zubarah: foi uma cidade ou vilarejo murado que era povoada nos séculos 18 e 19. Hoje é Patrimônio Mundial, pela UNESCO, e passou muitas décadas abandonada debaixo de muitas camadas de areia, o que protegeu os vestígios dos palácios, mesquitas, residências, cabanas, pátios e ruas doutros tempos.

Gastronomia no Qatar



Em virtude da religião, no Qatar, é proibido consumir carne de porco ou qualquer derivado dela. De origem portuária e por isso, pesqueira, muitos frutos do mar são apreciados ali. Mas também há influências milenares das culinárias indiana, libanesa e iraniana, além é claro da sua maior característica árabe.

Esfihas e quibes são os mais apreciados, porém outros pratos típicos são saboreados como o Haruf, um arroz de cordeiro assado; e o Machboos, um risoto de carne ou de mariscos. No quesito doces, o Umm Ali, um pudim de pão com nozes e uva passas; e o Mahalabiya, flan com pistache são os mais degustados.

É tradicional que as famílias e amigos se reúnam na hora das refeições, no Qatar, pois consideram um momento de grande encontro entre as pessoas, e por isso, os qataris dão muita importância ao almoço e jantar.

Todo o magnetismo e charme do Qatar e suas cidades, principalmente a capital, Doha, vêm conquistando cada vez mais pessoas e atraindo mais viajantes do mundo todo para este destino de tradições árabes em meio ao luxo, sofisticação e modernidade aparentes.

E este destino pode ser sua próxima parada de férias, quer saber mais? Fale com a Raidho Viagens.

#Qatar


Mitologia romana e 12 de seus principais deuses


Conheça a mitologia romana e 12 de seus principais deuses


A mitologia romana é o conjunto dos mitos e lendas que compunham a religião na Roma Antiga, civilização itálica que surgiu no século VIII a.C., com a fundação de Roma, e durou até o declínio do Império Romano, no século V d.C. A religião dos romanos era politeísta. Ou seja, os romanos adoravam muitos deuses, entidades que exerciam, segundo a crença, uma função protetora.

De um modo geral, os deuses romanos podem ser classificados em:

  • Deuses domésticos, cuja função era zelar pelo lar e pela família, a célula da sociedade.
  • Deuses que se ocupavam de cuidar do Estado, da cidade, ou seja, dos assuntos de interesse coletivo, como a agricultura, o comércio e a guerra.

Principais deuses romanos

1. Júpiter

Júpiter é o Zeus do Olimpo. Na mitologia grega, é o chefe supremo, Senhor do Céu e das Nuvens, e por isso é representado empunhando um raio. É, basicamente, o deus dos fenômenos celestes, como o vento e o trovão, e na hierarquia do Olimpo ocupa o primeiro lugar.

Em Roma, era o considerado o grande guardião do Estado e representava virtudes como a justiça e a honra. Júpiter era muito importante e adorado por todos os romanos. Era sob a sua proteção que os senadores decidiam a guerra. Antes de partir, os generais pediam sua bênção e, em caso de vitória, davam-lhe presentes.

2. Netuno

Netuno
Imagem de Netuno no Mosaico delle Stagioni, exposto no Museu Arqueológico de Palermo, na Itália.

Na mitologia grega, Netuno é Poseidon, irmão de Zeus. Na divisão do Universo, coube a Poseidon as águas salgadas. Por isso, tornou-se Senhor do Mar. Como as atividades marítimas eram muito importantes para os gregos, Poseidon ganhou entre os gregos um lugar de destaque.

Os romanos já possuíam divindades ligadas ao elemento água antes da helenização de sua mitologia. O especialista em mitologias Félix Guirand afirma que talvez Netuno fosse, na sua origem, uma divindade a quem os romanos se dirigiam para pedir chuva nos períodos de estiagem. Com a influência grega, Netuno recebe de Poseidon a soberania dos mares.

3. Minerva

Minerva corresponde à Atena da mitologia grega, a filha de Zeus que, segundo o mito, não foi gerada por nenhum ventre. Zeus a criou, já adulta, sendo a sua filha preferida. Representa, entre outras coisas, a sabedoria, e seu símbolo é a coruja. É a deusa da cidade e da civilização.

Entre os romanos, Minerva é a junção da Atena com uma divindade etrusca. Era adorada por todos os romanos, mas em especial pelos artesãos e artistas. Também era considerada uma divindade guerreira, pronta para defender o Estado contra os inimigos de fora.

4. Marte

Marte é um deus muito importante na mitologia romana. Isso porque ele é, segundo a lenda, o pai de Rômulo e Remo, os gêmeos que foram abandonados num cesto no rio Tibre. De acordo com o mito, ambos foram amamentados por uma loba e mais tarde criados por um pastor. Rômulo se tornaria o fundador da cidade de Roma.

Era cultuado como o Deus da Guerra, da primavera e da juventude. Associou-se a ele Ares, deus pouco cultuado entre os gregos. Já entre os romanos Marte, com sua armadura reluzente e suas armas poderosas, era objeto de uma adoração fervorosa. Talvez fosse o mais popular dentre todos os deuses romanos.

5. Jano

Jano
Imagem de Jano, o deus bifronte, no Museu do Vaticano.

Jano é um deus genuinamente romano. Originalmente um deus solar, Jano estava na origem de todas as coisas. Segundo o mito, Jano é quem ensinou aos itálicos, futuros romanos, a usar embarcações e o dinheiro. Protegeu o Capitólio da invasão dos Sabinos, fazendo brotar do solo uma fonte de água escaldante. O Templo de Jano ficava no Fórum Romano e suas portas ficavam fechadas em tempos de paz e abertas em tempos de guerra.

É o Deus das Portas, sejam elas públicas ou privadas. Seus símbolos são a chave, para abrir e fechar portas, e a vara, para afastar intrusos. Sua dupla face (bifronte) lhe permite olhar para o exterior e o interior da casa. Por extensão, tornou-se o deus das comunicações, dos portos e das estradas.

6. Juno

Corresponde à deusa grega Hera. É a esposa e a irmã de Júpiter. Originalmente, era chamada de Lucina, nome que vem da palavra luz. Por isso, Juno é a Deusa da Luz, bem como a divindade responsável por cuidar das mulheres, do casamento e da gravidez. Enquanto Deusa da Luz, é também deusa do parto.

Era a protetora das mulheres, invocada sobretudo por aquelas que tinham dificuldade para engravidar. Por tudo isso, era considerada a divindade do nascimento e da fecundação.

7. Apolo

Apolo
Representação de Apolo, no Palácio Quintela, em Lisboa, Portugal.

Este deus preservou o nome grego quando foi introduzido na religião romana. É filho de Zeus, responsável por matar a terrível serpente Píton com suas flechas certeiras. Um dos deuses mais adorados na Antiguidade, Apolo era considerado o Deus da Verdade, responsável pela ligação entre o mundo dos deuses e o mundo dos homens. Prova disso era o Oráculo de Delfos, instituição importantíssima na Grécia Antiga. Acreditava-se que Apolo podia ajudar os homens a conhecer a vontade divina.

Em Roma, o primeiro templo em homenagem a Apolo, conhecido como Templo de Apolo Médico, foi construído no século V a.C., no período da República. Segundo o historiador romano Tito Lívio, o que teria motivado a construção do templo foi uma promessa feita ao deus estrangeiro durante uma grave epidemia ocorrida alguns anos antes.

8. Baco

Baco é outro deus estrangeiro assimilado pelos romanos. Originalmente, é o Liber Pater ("Pai Livre"), deus itálico ligado à fertilidade da terra e, por consequência, à fecundidade. Baco é o outro nome do deus grego Dionísio, Deus do Vinho, que os romanos associaram a Liber Pater.

Nos Bacanais, festas religiosas dedicadas ao Deus do Vinho, louvava-se ao deus através dos excessos carnais, da embriaguez e da liberalização dos costumes. Por isso, hoje em dia a palavra "bacanal" tornou-se sinônimo de orgia.

9. Mercúrio

É o deus romano do comércio. Mercúrio vem da raiz latina merx, que significa "mercadoria". De protetor dos comerciantes, tornou-se também protetor dos viajantes após a identificação com o deus grego Hermes, conhecido mensageiro de Zeus.

10. Vênus

Vênus
O Nascimento de Vênus (1486), por Sandro Botticelli.

Originalmente, Vênus é uma antiga divindade romana da vegetação. É identificada com a grega Afrodite, Deusa do Amor e da Beleza. E tal como Afrodite, era descrita pelos poetas romanos como a manifestação maior da beleza, diante da qual a Terra se enche de flores e alegria.


11. Saturno

Diz o mito que Saturno, para contrariar uma profecia que dizia que ele seria destronado por um filho, devorou todos os seus filhos logo após o nascimento. Só Júpiter escapou, salvo pela sua mãe, Reia. Anos mais tarde, a profecia se cumpriu. Saturno, então, deixou a Grécia e foi morar no Capitólio, local onde seria erguida a futura Roma. Lá, após ser acolhido por Jano, tornou-se rei dos povos itálicos, ensinando-lhes a cultivar a terra.

Era venerado pelos romanos como o Deus da Agricultura, representante das riquezas dos campos. Havia festas dedicadas a ele, com muitos comes e bebes e marcadas pelo desregramento e pela desordem, conhecidas como Saturnais, tradicionalmente realizadas entre 17 e 23 de dezembro. O auge das Saturnais foi no século III a.C.

12. Vulcano

Vulcano é um dos deuses latinos mais antigos. É, ao lado de Vesta, uma divindade do fogo, identificado com deus grego Hefesto. Vulcano é o Deus do Fogo. Mas o fogo de Vulcano não é o do Sol, nem o doméstico. É o fogo que vem das profundezas da Terra. Não é difícil imaginar que a palavra "vulcão" tenha derivado justamente do nome desse deus romano.

Mitologia romana e grega são a mesma coisa?

deuses romanos

Muita gente pensa que a mitologia romana é uma cópia da mitologia grega, famosa por seus deuses fantásticos, de forte personalidade e super poderosos. A verdade é que a mitologia romana, embora bastante influenciada pela grega, tem as suas particularidades.

A assimilação dos deuses do panteão grego, que se dá sobretudo através da arte e da literatura, ocorre nos séculos III e II a.C. Roma já existia bem antes disso. E o povo romano caracterizava-se por um forte sentimento religioso. Mas, até a chegada definitiva dos deuses gregos, suas divindades não passavam de Numes, forças indefinidas, vagas, que podem ser traduzidas como um poder que está lá no céu.

Os deuses romanos eram ligados à vida prática. Ou seja, eram deuses úteis. Havia o deus que cuidava dos recém-nascidos. O que cuidava dos celeiros. O que zelava pelos lares. As atividades agrícolas também eram protegidas por um Nume.

Com a influência grega, muitos desses Numes foram alterados e associados aos deuses do Olimpo. Trata-se de um processo de identificação, sendo que alguns desses deuses, como Apolo e Plutão, tiveram seus nomes gregos preservados. Outros ganharam novos nomes, como Júpiter (o Zeus grego) e Netuno (Poseidon).

Mas é bom lembrar que a mitologia romana também recebeu elementos de outras culturas, como a etrusca, a persa, a síria e a egípcia, de modo que o seu panteão jamais poderá ser qualificado como puramente romano.
 

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Copa do Mundo

 A Copa do Mundo é uma competição internacional organizada pela Federação Internacional de Futebol a cada quatro anos. A Copa passou a ser realizada em 1930, com a primeira competição sediada pelo Uruguai. A escolha da nação-sede é determinada em eleições feitas pela própria Fifa.

A Copa do Mundo é um dos maiores eventos esportivos do planeta e, a cada quadriênio, bilhões de pessoas assistem aos jogos realizados. As edições de 2010 (que ocorreu na África do Sul) e 2014 (no Brasil) contaram com cerca de 3,2 bilhões de espectadores, segundo dados compartilhados pela Fifa. A final da Copa do Mundo de 2014 registrou, sozinha, aproximadamente 1 bilhão de espectadores.

A organização de uma Copa do Mundo também gera gastos consideráveis – muito em parte por conta das altas exigências da Fifa. A Copa de 2014 teve gastos de aproximadamente R$ 8 bilhões somente com estádios, ao passo que a edição de 2010 registrou aproximados R$ 4 bilhões.

Leia também: Mussolini e a Copa do Mundo de 1934

Surgimento da Copa

A primeira Copa do Mundo aconteceu em 1930, após muitos anos de tentativas de se organizar uma competição mundial de futebol. O início do evento está diretamente ligado ao surgimento da Fifa e sua atuação na popularização e profissionalização do futebol. A Federação foi fundada em 1904 e contou com a adesão inicial das seguintes nações: Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Espanha, Suécia e Suíça.

Os primeiros esforços na direção de se organizar uma competição como a Copa do Mundo foram realizados por um dos idealizadores da Fifa, o holandês Carl Anton Wilhelm Hirschman. Contudo, o grande responsável pela realização da primeira Copa do Mundo foi Jules Rimet, presidente da Fifa durante mais de trinta anos.

Os esforços de Jules Rimet concentraram-se na década de 1920, principalmente após o sucesso da competição de futebol realizada nos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928 – ambos vencidos pelo Uruguai. A partir daí, as negociações pela realização de uma competição de futebol desvinculada do Comitê Olímpico Internacional (COI) intensificaram-se.

Leia também: Seis fatos importantes da história das Olimpíadas

A reunião final que levou à decisão de organizar o primeiro Mundial saiu em 1928, em Amsterdã, na Holanda. Posteriormente, tal resolução foi ratificada em reunião em Zurique. Nesses encontros estabeleceu-se o básico de uma Copa do Mundo: o evento seria realizado a cada quatro anos, inicialmente com um troféu produzido e oferecido pela própria Fifa, seria aberto a nações de todos os continentes e, se necessário, haveria eliminatórias para determinar os participantes.

A definição da sede, no entanto, só aconteceu em 1929 e foi um assunto que resultou em acalorados debates. Para sediar a Copa de 1930, houve a candidatura das seguintes nações: Hungria, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Uruguai. A escolha pelo Uruguai como sede do Mundial foi determinada em um congresso realizado em Barcelona.

A decisão é atribuída a múltiplos fatores. Desportivamente falando, ele representava a maior potência futebolística e já era bicampeão olímpico à época. Quanto a questões financeiras, havia o fato de que o Uruguai se comprometeu a pagar as despesas de todos os participantes e a construir um novo estádio para a competição. A primeira Copa do Mundo contou com treze participantes:

  • Europa: Bélgica, Romênia, Iugoslávia e França

  • América do Norte: EUA e México

  • América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai

Nessa edição, o Uruguai confirmou seu favoritismo e venceu a competição após bater os argentinos na final pelo placar de 4x2. A participação brasileira foi modesta, sobretudo porque havia um racha entre paulistas e cariocas – assim, quase todos os convocados paulistas boicotaram a Copa do Mundo. O Brasil acabou eliminado na primeira fase após dois jogos (derrota contra a Iugoslávia por 2x1 e vitória contra a Bolívia por 4x0).


Crescimento da Copa do Mundo

Com o passar dos anos e a popularização do futebol, a Copa do Mundo tornou-se um evento grandioso e que mobiliza uma quantidade de dinheiro gigantesca. A relevância da competição refletiu-se na quantidade de nações que participavam do evento.

Nas edições de 1934, 1938 e 1950, foram 16, 15 e 13 nações, respectivamente. Já nos anos 1954 e 1978, a competição contou com 16 participantes. Entre 1982 e 1994, o número foi ampliado para 24 seleções. O modelo que existe atualmente (32 seleções) foi utilizado pela primeira vez na Copa de 1998 e permanecerá até 2022. A partir da Copa de 2026, a competição contará com 48 participantes.

A Copa do Mundo, em seu modelo atual, organiza-se da seguinte maneira. As 32 seleções são dispostas em oito grupos, cada qual com quatro equipes. As duas primeiras de cada grupo classificam-se para uma fase eliminatória. Assim, as dezesseis classificadas disputam as oitavas; as oito vencedoras vão para as quartas; as quatro vencedoras prosseguem para as semifinais, e as vencedoras de cada semifinal disputam a grande final. Há também uma disputa pelo 3º lugar travada entre as perdedoras de cada semi.

As nações vencedoras de edições de Copa do Mundo são: Brasil (5 títulos), Alemanha e Itália (4 títulos cada), Argentina e Uruguai (2 títulos cada), EspanhaFrança e Inglaterra (1 título cada). As nações que mais vezes foram vice-campeãs são: Alemanha, derrotada em 4 finais (1966, 1982, 1986 e 2002), seguida da Argentina, que perdeu em 3 finais (1930, 1990 e 2014). A Holanda participou de três finais e saiu derrotada de todas as três decisões (1974, 1978 e 2010).

O Brasil acumula duas derrotas em finais: uma em 1950, no famoso “Maracanaço”, quando a seleção foi vencida pelo Uruguai por 2x1. A outra derrota aconteceu em 1998, na Copa da França, quando a seleção anfitriã bateu a Seleção Brasileira por 3x0. O Brasil também acumula duas vezes o 3º lugar (1938 e 1978) e uma como 4º colocado (1974 e 2014).

Brasil e Alemanha foram as únicas nações que conseguiram disputar três finais de Copa do Mundo de maneira consecutiva. Os alemães o fizeram em 1982, 1986 e 1990 e foram derrotados nas duas primeiras por Itália e Argentina. Em 1990, deram o troco e derrotaram os argentinos por 1x0. Argentina e Alemanha é, inclusive, o confronto que mais vezes ocorreu em finais: três vezes, em 1986, 1990 e 2014.

Já o Brasil foi finalista de maneira consecutiva em 1994, 1998 e 2002, vencendo a Itália nos pênaltis (1994) e a Alemanha (2002) e sendo derrotado pela França (1998). Um destaque interessante é que o Brasil é a única seleção que participou de todas as Copas do Mundo já organizadas.

Resumo de todas as Copas

Confira a seguir informações básicas das edições de Copa do Mundo realizadas entre 1930 e 2014:

Ano

País-sede

Campeão

Vice

Colocação do Brasil

1930

Uruguai

Uruguai

Argentina

6º lugar

1934

Itália

Itália

Checoslováquia

14º lugar

1938

França

Itália

Hungria

3º lugar

1950

Brasil

Uruguai

Brasil

Vice-campeão

1954

Suíça

Alemanha Ocidental

Hungria

5º lugar

1958

Suécia

Brasil

Suécia

Campeão

1962

Chile

Brasil

Checoslováquia

Campeão

1966

Inglaterra

Inglaterra

Alemanha Ocidental

11º lugar

1970

México

Brasil

Itália

Campeão

1974

Alemanha Ocidental

Alemanha Ocidental

Holanda

4º lugar

1978

Argentina

Argentina

Holanda

3º lugar

1982

Espanha

Itália

Alemanha Ocidental

5º lugar

1986

México

Argentina

Alemanha Ocidental

5º lugar

1990

Itália

Alemanha Ocidental

Argentina

9º lugar

1994

EUA

Brasil

Itália

Campeão

1998

França

França

Brasil

Vice-campeão

2002

Japão e Coreia do Sul

Brasil

Alemanha

Campeão

2006

Alemanha

Itália

França

5º lugar

2010

África do Sul

Espanha

Holanda

6º lugar

2014

Brasil

Alemanha

Argentina

4º lugar

2018

Rússia

França

Croácia

6º lugar

2022Catar   
2026Estados Unidos, Canadá e México   

 

*Créditos da imagem: Fifg e Shutterstock

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