Desenvolvido pelo matemático grego Hiparco na Grécia Antiga, o astrolábio é um instrumento utilizado para calcular a posição dos astros a partir de princípios geométricos.
Além
da posição dos astros, o astrolábio era utilizado para calcular a
altitude de objetos, a profundidade de poços e também para precisar as
horas e as localizações geográficas.
A partir do século XV o astrolábio tornou-se um importante instrumento de navegação. Com ele, era possível determinar a latitude das embarcações e as direções em que deveriam navegar.
A palavra astrolábio deriva das palavras gregas “astron”, que significa estrela e “lambanein”, que significa pegar.
A origem do astrolábio
O primeiro astrolábio foi criado pelo matemático, astrônomo e geógrafo grego Hiparco de Nicéia (180 - 120 a.C) durante o período helenístico da Grécia Antiga.
Importante
estudioso da matemática, Hiparco foi um dos criadores da trigonometria e
foi quem descobriu a precessão dos equinócios e a possibilidade de
dividir um círculo em 360°.
Baseado em diversas teorias
matemáticas, Hiparco desenvolveu esse complexo instrumento que podia
fazer cálculos semelhantes a um computador analógico.
A criação do
astrolábio foi possibilitada pela descrição da projeção estereográfica
por Hiparco. Essa projeção é um método que permite a transcrição de 3
coordenadas para um plano bidimensional.
A partir do século VIII, o
astrolábio começou a ser utilizado no mundo islâmico e foi descoberto a
partir da tradução de materiais escritos pelos gregos.
Os árabes
utilizavam o astrolábio para navegações e também para determinar os
horários das orações e a localização de Meca, direção para a qual devem
se voltar quando rezam.
O árabes levaram o astrolábio para a
Europa, onde o instrumento foi simplificado e aperfeiçoado com o
objetivo de guiar as embarcações que saiam em busca de novas terras.
Esse novo astrolábio ficou conhecido como astrolábio náutico e foi desenvolvido pelo astrônomo Abraão Zacuto, em Portugal.
Diferente
dos antigos astrolábios, que faziam diversos cálculos, esse novo
instrumento tinha como único propósito determinar as localizações
geográficas.
Esse instrumento contribui para a descoberta do caminho das índias e para a chegada dos portugueses ao Brasil.
Astrolábio náutico.
Para que serve o astrolábio?
O
astrolábio utiliza o posicionamento dos astros no céu e princípios da
trigonometria aplicada para fazer diversos cálculos. Entre as funções de
um astrolábio, estão:
Precisar o posicionamento dos planetas e das estrelas;
Medir a altura de montanhas, edifícios ou a profundidade de poços;
Determinar as horas do dia e as estações do ano;
Determinar o posicionamento geográfico das embarcações.
Importância do astrolábio para a história da navegação
A
expansão marítima se inicia no século XV com os ibéricos. Naquele
momento, os únicos pontos de referência para os navegadores eram os
astros, que eram utilizados como estrelas-guia.
O Sol, a Estrela
Polar e o Cruzeiro do Sul, por exemplo, costumavam ser pontos
importantes para a determinação de localizações geográficas em alto mar.
A
medida que a navegação se desenvolve, são criados instrumentos e
técnicas matemáticas e astronômicas para a localização das embarcações,
definição de rotas e descoberta de novas terras.
O astrolábio, que
foi levado à Europa pelos árabes, tornou-se uma importante ferramenta
para as embarcações, pois permitia o cálculo das localizações a partir
grausdas estrelas e dos planetas.
Além dos astrolábios, os navegadores
utilizavam bússolas, balhestilhas, compassos, tabelas de declinação do
sol e estudavam matemática e astronomia.
Como funciona o astrolábio?
O
astrolábio é feito em uma placa circular de metal onde estão
sobrepostas várias lâminas circulares com diversas graduações, como por
exemplo, horas do dia, graus, meses do ano e signos do zodíaco.
O
astrolábio náutico é muito similar aos primeiros astrolábios, mas sua
estrutura é mais simples e costuma ter recortes no interior da placa de
metal.
No meio de sua estrutura está um ponteiro (mediclina)
vinculado às placas circulares e na parte superior uma alça para que o
astrolábio possa ser segurado de maneira suspensa.
Para utilizar o
astrolábio, o observador aponta a régua central para o astro utilizado
como referência e em seguida observa as graduações do instrumento.
A
partir dessa observação e com base nos conhecimento de astronomia, os
navegadores poderiam precisar sua localização em alto mar e fazer o
cálculo das rotas.
1 - URBANIZAÇÃO: É UM PROCESSO DE AGRUPAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS RURAIS DE UMA LOCALIDADE OU REGIÃO, PARA CARACTERÍSTICAS URBANAS. USUALMENTE, ESSE FENÔMENO ESTÁ ASSOCIADO AO DESENVOLVIMENTO DA CIVILIZAÇÃO E DA TECNOLOGIA.
2 - Uma região metropolitana é uma área formada por vários municípios que apresentam uma estrutura ou aglomeração urbana interligada entre si ou em torno de uma cidade principal, geralmente uma metrópole.
3 - Entende-se por conurbação quando duas ou mais cidades se “encontram” e formam um mesmo espaço geográfico. Isso ocorre quando o crescimento dessas cidades é elevado e as suas respectivas malhas urbanas integram-se, tornando-se um único meio urbano
4 - Uma megalópole é normalmente definida como uma extensa região urbanizada, constituída por várias metrópoles e regiões metropolitanas conurbadas.
5 - O processo de urbanização no Brasil teve início no século XX, a partir do processo de industrialização, que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da população da área rural em direção a área urbana.
Eratóstenes foi matemático, bibliotecário e astrônomo. Praticamente não
havia assunto pelo qual não se interessasse. Filosofia, história,
geografia, gramática, poesia. Seu lugar preferido eram as bibliotecas de
Alexandria, onde passava horas a fio a ler sobre tudo e todos.
E em uma dessas tardes dedicadas à leitura, Eratóstenes encontrou em um
rolo de papiro, que era o papel da Antiguidade, a informação de que na
cidade de Syene, no Egito, ao meio-dia do solstício de verão, ou seja, o
dia mais longo do ano no Hemisfério Norte, o sol estava a pino, pois
iluminava as águas profundas de um poço, sem fazer sombra. Eratóstenes
se deu conta de que, no mesmo dia e horário, vinte um de junho, ao
meio-dia, as colunas verticais de Alexandria projetavam sombra. E foi
assim que Eratóstenes descobriu que a Terra era redonda.
Eratóstenes pensou que se o mundo fosse plano como uma mesa, então as
sombras das varetas teriam de ser iguais. E se isto não acontecia é
porque a Terra deveria ser curva. Ele percebeu que, quanto mais curva
fosse a superfície da Terra, maior seria a diferença do comprimento da
sombra, em Alexandria. E com o auxílio da geometria, mediu com engenho e
relativa precisão a circunferência da Terra.
Eratóstenes aguardou pacientemente o dia vinte e um de junho do ano
seguinte, e pediu que se instalasse uma grande estaca de madeira em
Alexandria e outra em Syene. Quando deu meio-dia, o horário em que o Sol
estava a pino em Syene, a estaca fincada lá fez um ângulo de noventa
graus com a superfície da Terra, como esperado, e não produziu sombra.
Já a sombra da estaca de Alexandria produziu um ângulo, que vamos
chamar de A, de cerca de sete graus. Se as varetas estão na vertical, dá
pra imaginar que, se fossem longas o bastante, iriam se encontrar no
centro da Terra, criando o ângulo B, que terá o mesmo valor que A, pois o
desenho se reduz à uma geometria muito simples. Se duas retas paralelas
interceptam uma transversal, então os ângulos correspondentes são
iguais. As retas paralelas são os raios de sol, e a reta transversal é a
que passa pelo centro da Terra e pela vareta em Alexandria. Se o ângulo
A é igual ao ângulo B, e mede sete graus, isso corresponde à
aproximadamente um cinquenta avos da circunferência. Logo, o arco
formado pelo ângulo B, que é a distância entre Syene e Alexandria,
corresponde, também, a um cinquenta avos da circunferência. Eratóstenes
concluiu que o comprimento da Terra deveria ser cinquenta vezes a
distância entre as duas cidades.
Eratóstenes era um atleta, e aproveitando seu bom condicionamento
físico, reuniu um grupo que se dispôs a percorrer a pé e em linha reta o
caminho de Alexandria à Syene. O grupo percorreu aclives, declives,
desertos, e até atravessou o Rio Nilo. A distância medida foi de
oitocentos quilômetros. Multiplicando oitocentos por cinquenta, ele
concluiu que a circunferência da Terra seria de, aproximadamente,
quarenta mil quilômetros. Eratóstenes bateu na trave. O valor aceito
atualmente é de quarenta mil e setenta e cinco quilômetros ao longo da
linha do Equador. Mas, é justo lembrar que, para fazer esse experimento,
ele usou a geometria de Euclides, outro famoso matemático grego da
época.
Eratóstenes juntou a matemática a outras ciências, como, por exemplo, a
geografia. Foi ele quem dividiu o globo terrestre em paralelos e
meridianos, sistema que continua em uso até hoje. Ele ainda mostrou que
era possível chegar à Índia partindo da Espanha, e ainda sugeriu a
existência de terras habitadas no ocidente, conforme Colombo provaria
mil e setecentos anos depois, quando chegou à América.
Assim como Arquimedes, Eratóstenes morreu devido à sua paixão pelo
saber. Consta que, ao ficar cego, e não poder mais praticar seus
estudos, ele teria caído em depressão, e morrido devido a uma greve de
fome.
Localizado em uma península, pequena
porção de terra que se lança a oeste da Arábia Saudita sobre o Golfo
Pérsico, o Qatar foi durante muito tempo, assim como Os Emirados Árabes
uma região desértica, povoada apenas por pescadores e beduínos.
Porém, nas últimas décadas tudo ali
mudou com a descoberta do petróleo na região, alterando completamente
seu espaço e paisagem, transformando o PIB do país em um dos maiores do
mundo e tornando Qatar um grande polo cultural, moderno e tecnológico.
E agora, os maiores investimentos
estão em torno, é claro, da Copa do Mundo de Futebol 2022. Ou seja,
muitas obras estão em andamento, estádios moderníssimos, novos hotéis,
restaurantes, lojas, shoppings e até mesmo um metrô está sendo
construído, uma novidade para essa nação.
Vestimentas no Qatar
Por ser um destino árabe, alguns
costumes dessa cultura devem ser levados em consideração, como as
vestimentas. Mesmo para os turistas que não precisam usar as roupas
tradicionais, é de bom tom vestir-se com roupas mais largas que cubram
braços e pernas, que não sejam curtas, não sejam transparentes e nem
decotadas. E ao visitar as mesquitas, as mulheres devem usar um lenço em
volta da cabeça e ombros.
Como curiosidade, a vestimenta
habitual dos qataris homens é a túnica branca, chamada de thoube; e das
qataris mulheres é a túnica preta chamada de abaia, usada junto com um
lenço que cobre a cabeça, cabelos e o parte do rosto.
Melhor época para ir ao Qatar
Por ser uma região desértica, o clima
árido e de muito sol eleva a temperatura para mais de 40° C no verão,
entre os meses de junho a setembro. É até por conta disso que em 2022, a
Copa do Mundo não acontecerá tradicionalmente entre os meses de junho e
julho, mas em novembro e dezembro, quando o clima é mais ameno.
Sendo assim, a melhor época para
conhecer o Qatar é entre o outono e o inverno, nos meses de outubro a
abril, período de temperaturas variando entre 17° C e 20° C.
A Capital
Doha é uma metrópole encantadora, carinhosamente chamada de “a cidade da pérola”
por muitos turistas, e que hoje já é um dos destinos mais procurados do
Oriente Médio. Os olhos do mundo já estão voltados para essa capital
devido a Copa de 2022, e ela oferece uma harmoniosa mistura do
tradicionalismo árabe com os extremamente modernos arranha-céus.
O que você não pode perder em Doha:
> Museu de Arte Islâmica:
parada obrigatória, este museu foi projetado pelo mesmo arquiteto que
fez o Louvre, em Paris. Arrojado, o edifício abriga rica coleção de
artes islâmicas.
> Museu Árabe de Arte Moderna – Mathaf:
neste museu estão expostas mais de nove mil peças entre esculturas,
pinturas e artes em papel, valiosas coleções produzidas por diversos
artistas do mundo árabe.
> Souk Waqif: um dos
mais tradicionais souks árabes do Qatar, este espaço oferece aos
visitantes a chance de conhecer como é o comércio, a cultura e o estilo
de vida dali, podendo observar a arquitetura típica, fazer compras e dar
aquela pechinchada para adquirir produtos artesanais, peças diversas,
perfumes, roupas típicas e todo tipo de souvenirs.
> Falcon Souk:
interessante por poder observar os falcões (ave simbólica do Oriente
Médio) nas lojas que existem ali, são animais adestrados, muito
admirados pelos qataris.
> The Pearl: assim
como em Dubai, o Qatar criou uma ilha artificial, com cerca de quatro
milhões de metros quadrados, planejada para oferecer alto padrão em luxo
e sofisticação em suas lojas e restaurantes de renome.
> West Bay: um
agitado distrito tido como parte do centro financeiro de Doha por conter
enormes edifícios e arranha-céus moderníssimos, luxuosos e em formatos
exóticos; um bairro onde também encontram restaurantes e lojas
suntuosas.
> Forte Al Zubarah:
foi uma cidade ou vilarejo murado que era povoada nos séculos 18 e 19.
Hoje é Patrimônio Mundial, pela UNESCO, e passou muitas décadas
abandonada debaixo de muitas camadas de areia, o que protegeu os
vestígios dos palácios, mesquitas, residências, cabanas, pátios e ruas
doutros tempos.
Gastronomia no Qatar
Em virtude da religião, no Qatar, é
proibido consumir carne de porco ou qualquer derivado dela. De origem
portuária e por isso, pesqueira, muitos frutos do mar são apreciados
ali. Mas também há influências milenares das culinárias indiana,
libanesa e iraniana, além é claro da sua maior característica árabe.
Esfihas e quibes são os mais
apreciados, porém outros pratos típicos são saboreados como o Haruf, um
arroz de cordeiro assado; e o Machboos, um risoto de carne ou de
mariscos. No quesito doces, o Umm Ali, um pudim de pão com nozes e uva
passas; e o Mahalabiya, flan com pistache são os mais degustados.
É tradicional que as famílias e
amigos se reúnam na hora das refeições, no Qatar, pois consideram um
momento de grande encontro entre as pessoas, e por isso, os qataris dão
muita importância ao almoço e jantar.
Todo o magnetismo e charme do Qatar e
suas cidades, principalmente a capital, Doha, vêm conquistando cada vez
mais pessoas e atraindo mais viajantes do mundo todo para este destino
de tradições árabes em meio ao luxo, sofisticação e modernidade
aparentes.
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Conheça a mitologia romana e 12 de seus principais deuses
A mitologia romana é o conjunto dos mitos e lendas que compunham a religião na Roma Antiga,
civilização itálica que surgiu no século VIII a.C., com a fundação de
Roma, e durou até o declínio do Império Romano, no século V d.C. A
religião dos romanos era politeísta. Ou seja, os romanos adoravam muitos deuses, entidades que exerciam, segundo a crença, uma função protetora.
De um modo geral, os deuses romanos podem ser classificados em:
Deuses domésticos, cuja função era zelar pelo lar e pela família, a célula da sociedade.
Deuses que se ocupavam de cuidar do Estado, da cidade, ou seja, dos assuntos de interesse coletivo, como a agricultura, o comércio e a guerra.
Principais deuses romanos
1. Júpiter
Júpiter é o Zeus do Olimpo. Na mitologia grega, é o chefe supremo, Senhor do Céu
e das Nuvens, e por isso é representado empunhando um raio. É,
basicamente, o deus dos fenômenos celestes, como o vento e o trovão, e
na hierarquia do Olimpo ocupa o primeiro lugar.
Em Roma, era o
considerado o grande guardião do Estado e representava virtudes como a
justiça e a honra. Júpiter era muito importante e adorado por todos os
romanos. Era sob a sua proteção que os senadores decidiam a guerra.
Antes de partir, os generais pediam sua bênção e, em caso de vitória,
davam-lhe presentes.
2. Netuno
Na mitologia grega, Netuno é Poseidon, irmão de Zeus. Na divisão do Universo, coube a Poseidon as águas salgadas. Por isso, tornou-se Senhor do Mar. Como as atividades marítimas eram muito importantes para os gregos, Poseidon ganhou entre os gregos um lugar de destaque.
Os
romanos já possuíam divindades ligadas ao elemento água antes da
helenização de sua mitologia. O especialista em mitologias Félix Guirand
afirma que talvez Netuno fosse, na sua origem, uma divindade a quem os
romanos se dirigiam para pedir chuva nos períodos de estiagem. Com a
influência grega, Netuno recebe de Poseidon a soberania dos mares.
3. Minerva
Minerva corresponde à Atena
da mitologia grega, a filha de Zeus que, segundo o mito, não foi gerada
por nenhum ventre. Zeus a criou, já adulta, sendo a sua filha
preferida. Representa, entre outras coisas, a sabedoria, e seu símbolo é a coruja. É a deusa da cidade e da civilização.
Entre
os romanos, Minerva é a junção da Atena com uma divindade etrusca. Era
adorada por todos os romanos, mas em especial pelos artesãos e artistas.
Também era considerada uma divindade guerreira, pronta para defender o Estado contra os inimigos de fora.
4. Marte
Marte é um deus muito importante na mitologia romana. Isso porque ele é, segundo a lenda, o pai de Rômulo e Remo,
os gêmeos que foram abandonados num cesto no rio Tibre. De acordo com o
mito, ambos foram amamentados por uma loba e mais tarde criados por um
pastor. Rômulo se tornaria o fundador da cidade de Roma.
Era cultuado como o Deus da Guerra,
da primavera e da juventude. Associou-se a ele Ares, deus pouco
cultuado entre os gregos. Já entre os romanos Marte, com sua armadura
reluzente e suas armas poderosas, era objeto de uma adoração fervorosa.
Talvez fosse o mais popular dentre todos os deuses romanos.
5. Jano
Jano
é um deus genuinamente romano. Originalmente um deus solar, Jano estava
na origem de todas as coisas. Segundo o mito, Jano é quem ensinou aos
itálicos, futuros romanos, a usar embarcações e o dinheiro. Protegeu o
Capitólio da invasão dos Sabinos, fazendo brotar do solo uma fonte de
água escaldante. O Templo de Jano ficava no Fórum Romano e suas portas
ficavam fechadas em tempos de paz e abertas em tempos de guerra.
É o Deus das Portas,
sejam elas públicas ou privadas. Seus símbolos são a chave, para abrir e
fechar portas, e a vara, para afastar intrusos. Sua dupla face
(bifronte) lhe permite olhar para o exterior e o interior da casa. Por
extensão, tornou-se o deus das comunicações, dos portos e das estradas.
6. Juno
Corresponde à deusa grega Hera. É a esposa e a irmã de Júpiter. Originalmente, era chamada de Lucina, nome que vem da palavra luz. Por isso, Juno é a Deusa da Luz,
bem como a divindade responsável por cuidar das mulheres, do casamento e
da gravidez. Enquanto Deusa da Luz, é também deusa do parto.
Era a
protetora das mulheres, invocada sobretudo por aquelas que tinham
dificuldade para engravidar. Por tudo isso, era considerada a divindade
do nascimento e da fecundação.
7. Apolo
Este
deus preservou o nome grego quando foi introduzido na religião romana. É
filho de Zeus, responsável por matar a terrível serpente Píton com suas
flechas certeiras. Um dos deuses mais adorados na Antiguidade, Apolo
era considerado o Deus da Verdade, responsável pela
ligação entre o mundo dos deuses e o mundo dos homens. Prova disso era o
Oráculo de Delfos, instituição importantíssima na Grécia Antiga.
Acreditava-se que Apolo podia ajudar os homens a conhecer a vontade
divina.
Em Roma, o primeiro templo em homenagem a Apolo, conhecido como Templo de Apolo Médico,
foi construído no século V a.C., no período da República. Segundo o
historiador romano Tito Lívio, o que teria motivado a construção do
templo foi uma promessa feita ao deus estrangeiro durante uma grave
epidemia ocorrida alguns anos antes.
8. Baco
Baco é outro
deus estrangeiro assimilado pelos romanos. Originalmente, é o Liber
Pater ("Pai Livre"), deus itálico ligado à fertilidade da terra e, por
consequência, à fecundidade. Baco é o outro nome do deus grego Dionísio, Deus do Vinho, que os romanos associaram a Liber Pater.
Nos Bacanais,
festas religiosas dedicadas ao Deus do Vinho, louvava-se ao deus
através dos excessos carnais, da embriaguez e da liberalização dos
costumes. Por isso, hoje em dia a palavra "bacanal" tornou-se sinônimo
de orgia.
9. Mercúrio
É o deus romano do comércio. Mercúrio vem da raiz latina merx,
que significa "mercadoria". De protetor dos comerciantes, tornou-se
também protetor dos viajantes após a identificação com o deus grego Hermes, conhecido mensageiro de Zeus.
10. Vênus
Originalmente, Vênus é uma antiga divindade romana da vegetação. É identificada com a grega Afrodite, Deusa do Amor e da Beleza.
E tal como Afrodite, era descrita pelos poetas romanos como a
manifestação maior da beleza, diante da qual a Terra se enche de flores e
alegria.
11. Saturno
Diz
o mito que Saturno, para contrariar uma profecia que dizia que ele
seria destronado por um filho, devorou todos os seus filhos logo após o
nascimento. Só Júpiter escapou, salvo pela sua mãe, Reia. Anos mais
tarde, a profecia se cumpriu. Saturno, então, deixou a Grécia e foi
morar no Capitólio, local onde seria erguida a futura Roma. Lá, após ser acolhido por Jano, tornou-se rei dos povos itálicos, ensinando-lhes a cultivar a terra.
Era venerado pelos romanos como o Deus da Agricultura,
representante das riquezas dos campos. Havia festas dedicadas a ele,
com muitos comes e bebes e marcadas pelo desregramento e pela desordem,
conhecidas como Saturnais, tradicionalmente realizadas entre 17 e 23 de dezembro. O auge das Saturnais foi no século III a.C.
12. Vulcano
Vulcano
é um dos deuses latinos mais antigos. É, ao lado de Vesta, uma
divindade do fogo, identificado com deus grego Hefesto. Vulcano é o Deus do Fogo. Mas
o fogo de Vulcano não é o do Sol, nem o doméstico. É o fogo que vem das
profundezas da Terra. Não é difícil imaginar que a palavra "vulcão"
tenha derivado justamente do nome desse deus romano.
Mitologia romana e grega são a mesma coisa?
Muita
gente pensa que a mitologia romana é uma cópia da mitologia grega,
famosa por seus deuses fantásticos, de forte personalidade e super
poderosos. A verdade é que a mitologia romana, embora bastante
influenciada pela grega, tem as suas particularidades.
A assimilação dos deuses do panteão grego, que se dá sobretudo através da arte e da literatura, ocorre nos séculos III e II a.C.
Roma já existia bem antes disso. E o povo romano caracterizava-se por
um forte sentimento religioso. Mas, até a chegada definitiva dos deuses
gregos, suas divindades não passavam de Numes, forças indefinidas, vagas, que podem ser traduzidas como um poder que está lá no céu.
Os deuses romanos eram ligados à vida prática.
Ou seja, eram deuses úteis. Havia o deus que cuidava dos
recém-nascidos. O que cuidava dos celeiros. O que zelava pelos lares. As
atividades agrícolas também eram protegidas por um Nume.
Com a influência grega, muitos desses Numes foram alterados e associados aos deuses do Olimpo.
Trata-se de um processo de identificação, sendo que alguns desses
deuses, como Apolo e Plutão, tiveram seus nomes gregos preservados.
Outros ganharam novos nomes, como Júpiter (o Zeus grego) e Netuno
(Poseidon).
Mas é bom lembrar que a mitologia romana também recebeu elementos de outras culturas, como a etrusca, a persa,
a síria e a egípcia, de modo que o seu panteão jamais poderá ser
qualificado como puramente romano.